Como sabemos, um dos principais pilares de uma empresa são as finanças. Dentro deste universo, podemos dividi-lo em duas partes (contas à pagar e contas à receber). E frequentemente a grande maioria dos empresários, ou melhor das pessoas, querem saber como controlar o dinheiro sem ficar de cabelo em pé!
E é sobre isso que vamos conversar hoje. Vem ver!
Você realmente conhece sua empresa?
Essa é uma pergunta muito complicada de se fazer para quem tem um negócio. Porque a resposta será: SIM! Claro que conheço minha empresa! Mas, conhecer a fundo, tim tim por tim tim da empresa é muito importante, ainda mais, em tempos desafiadores. Conhecendo bem seu negócio, você se sente seguro e confiante para seguir em frente, por outro lado, se ainda tiver alguma dúvida responda as seguintes perguntas:
- Você conhece os seus clientes?
- Você sabe qual é sua receita mensal?
- Faz uma programação para os pagamentos de fornecedores?
- Sabe o quanto precisa para seu negócio girar?
- Quanto aos preços. Eles pagam todo o seu custo?
Enfim, se você respondeu alguma destas perguntas com NÃO, vamos te dar algumas dicas de como mudar isso. Mas, caso a maioria de suas resposta tenha sido SIM. Parabéns! Aproveite nosso conteúdo pois ele também foi feito para você!
1. Você conhece os seus clientes?
Conhecer seu público e ao mesmo tempo, saber como se comunicar com ele é muito importante. Para isso, crie as suas personas, bem como, faça campanhas com foco na satisfação dela. Para descrever suas personas pense na seguinte fórmula:
Dessa forma, será possível você identificar o seu público, e claro, assim será possível iniciar o seu planejamento financeiro.
2. Você sabe qual é sua receita mensal?
Logo depois de identificar seu público, o ponto mais importante para iniciar um bom planejamento financeiro é ter o controle de quanto você recebe por mês. Com esta informação será possível começar o desenho de seu ponto de equilíbrio. Que nada mais é, do que saber o valor mínimo que você precisa faturar mensalmente para não ter nem lucro e nem prejuízo. Mas sim, ficar no tradicional zero a zero.
A melhor forma de gerenciar o quanto você ganha por mês é fazendo anotações de controle, sempre que fizer um recebimento. Mas, já vou logo adiantando que vai dar um pouco de trabalho no início, porém, você saberá como anda a saúde do seu negócio.
3. Faz uma programação para os pagamentos de fornecedores?
Além de saber o quanto você tem para receber, você também precisa saber o quanto tem para pagar, assim, o seu planejamento fica completo e mais assertivo. Mudanças simples na gestão do seu negócio, fazem uma grande diferença.
- Programe-se em curto prazo (período de três a seis meses), assim, você nunca vai passar o valor estipulado de pagamento para o próximo mês.
- Escalone seus pagamentos, não deixando que grande parte dos débitos vençam no mesmo dia.
- Programe-se para que seu fluxo de recebimento seja maior do que seu fluxo de pagamento.
Lembre-se que, as contas a pagar não englobam somente pagamento de fornecedores. Envolve também o pagamento de funcionários, impostos, água, energia, telefone, dentre outras despesas operacionais que você possa ter.
4. Sabe o quanto precisa para seu negócio girar?
Saber o valor do capital de giro necessário para seu negócio é fundamental. Mas, para isso, é importante que você tenha as informações citadas anteriormente de forma detalhada e completa. Cada empresa é um organismo vivo e está em constante transformação, por isso, não existe um valor padrão estipulado. Por outro lado, existem fórmulas seguras de calcular a necessidade de capital de giro e vamos contar para você agora!
Normalmente, o capital de giro líquido é influenciado pelo volume de serviços, compras, custos dos serviços e prazos médios. Lembrando que o capital de giro líquido e o fluxo de caixa estão diretamente ligados
CGL: Capital de Giro Líquido
AC: Ativo Circulante (Caixa, bancos, aplicações financeiras, contas a receber)
PC: Passivo Circulante (Fornecedores, contas a pagar, empréstimos)
5. Quanto aos preços. Eles pagam todo o seu custo?
A precificação correta é essencial para a vida de um negócio. Para saber se seu preço realmente cobre todos os seus custos e ainda te dá lucro, você precisará saber o seu custo médio de produção para cada tipo de serviço. Como por exemplo, para a confecção de uma metalocerâmica, você terá os custos da porcelana, do metal, de energia do forno, pedras, borrachas, dentre outros; bem como, os custos operacionais do negócio, que são seus funcionários, seu pro-labore, e por final o lucro pretendido para o serviço.
Vamos te mostrar uma conta simples, chamada markup, que nada mais é, do que um índice multiplicador que é aplicado sobre o custo de um serviço para que se forme o preço de venda.
DV: Despesas Variáveis
DF: Despesas Fixas
LP: Margem de Lucro Pretendido
Vamos imaginar que uma metalocerâmica custe R$ 50,00 e você tenha os seguintes índices:
DV: 10%, DF: 10% e LP: 10%
Para obter o preço de venda, basta multiplicar o valor do custo unitário do serviço pelo índice encontrado. Ou seja:
Dessa forma, será possível você precificar os seus serviços, onde todos os seus custos são cobertos e ainda sobra lucro.
Fonte: Sebrae e Endeavor